O setor financeiro está passando por uma transformação incrível com a adoção de blockchains públicas. Muitas instituições já deixaram para trás os testes em redes privadas e agora estão se aventurando em ambientes abertos, onde as possibilidades são enormes.
Hoje, grandes bancos e empresas do ramo financeiro estão emitindo stablecoins, que são moedas digitais estáveis, e transformando ativos do mundo real, como ações e títulos, em tokens digitais. Isso tudo acontece diretamente nas blockchains públicas. Para se ter uma ideia, o volume de transações com stablecoins já é maior do que a soma de transações da Visa e Mastercard, confirmando que o blockchain se consolidou como a nova base para os pagamentos digitais globais.
Mas, com esse crescimento acelerado, vêm novos desafios, principalmente em termos de segurança. As instituições começam a perceber que operar em blockchains públicas pode ser complicado, com um aumento de ameaças cibernéticas. E o que mais preocupa é a falta de fornecedores de cibersegurança com a expertise necessária para proteger essas operações na era do Web3.
Essa situação é um entrave significativo para a adoção da tecnologia blockchain no setor financeiro, com muitos atores cautelosos ao darem o próximo passo.
Detecção de ameaças com IA na blockchain da Cardano
Recentemente, a Check Point Software anunciou um grande avanço: a implementação do primeiro sistema de detecção de ameaças em tempo real na rede da Cardano. Esse projeto, apoiado pelo Project Catalyst, traz uma camada robusta de inteligência ao blockchain e promete facilitar a adoção empresarial de forma mais segura.
Com essa nova tecnologia, a rede Cardano pode contar com recursos de detecção em tempo real e integrações que envolvem todos os principais stakeholders, como fornecedores de carteiras digitais e desenvolvedores de aplicações descentralizadas. Essa iniciativa faz da Cardano a primeira blockchain a oferecer detecção de ameaças ao nível que o mercado corporativo exige, superando barreiras significativas para o setor financeiro.
Segurança alinhada às necessidades das empresas
As empresas estão em busca de segurança em suas operações de blockchain que seja tão rigorosa quanto a aplicada em seus sistemas críticos. Até agora, nenhum blockchain tinha conseguido alcançar esses padrões.
Com a nova implementação na Cardano, isso mudou. A Check Point Software introduziu mecanismos de detecção avançados, baseados em inteligência artificial e técnicas de investigação de ponta, que já protegem algumas das instituições financeiras mais relevantes do mundo.
A plataforma de segurança blockchain da Check Point foi projetada para se adaptar a diferentes modelos e características da rede Cardano. Com o apoio do Project Catalyst, desenvolveram um sistema abrangente de detecção de ameaças que pode servir como um modelo de segurança para o setor.
Esse sistema utiliza tecnologia de inspeção para entender todo o contexto de cada transação. Isso resulta em uma detecção de alta qualidade, com maior capacidade de cobertura e menos alertas falsos. Diferente das soluções pontuais que apenas protegem carteiras individuais, a abordagem da Check Point permite uma supervisão contínua de toda a rede, identificando ameaças que outros sistemas poderiam deixar passar.
A monitoração abrange todas as transações, permitindo detectar ameaças em tempo real. Isso é fundamental, pois possibilita que as instituições atuem antes que algo negativo aconteça. Além disso, os mecanismos de IA estão sempre aprendendo, analisando padrões a partir de milhões de transações diárias, o que refina a capacidade de detectar ameaças e aumenta a precisão dos algoritmos.
Assim, à medida que a rede cresce e novos tipos de ataques surgem, a inteligência em ameaças se torna cada vez mais eficaz, ajudando o setor a se proteger de maneira proativa.
